Espero que tenham gostado,
e Obg por comentarem meninas (y'
Não era sobre o céu ou a chuva que ele estava falando, era sobre ele.
- E eu não sei por onde começar.Entende?
- Nós todos estamos procurando por alguma coisa que leve embora a dor.- Eu disse observando que talvez a chuva demorasse mais a passar do que eu esperava.
- Mas, nós todos somos viciados em alguém que trás a dor.
- Não é dor o que eu sinto. É o simples arrependimento.- Ele mantinha a voz baixa o que dificultava ouvir por causa do barulho da chuva.- Você só sabe o que tem quando perde. E dessa vez por mais que eu queira talvez tenha realmente sido o ultimo adeus e eu não fui capaz de dizer minhas últimas palavras. Eu não quero que acabe assim...
- Você sabe, nada tem um fim. As coisas se formam em um círculo completo, sempre voltando ao mesmo ponto.- Eu olhava para o garoto que mantinha a cabeça baixa.
- Volte pro começo e re-faça tudo de novo. Faça tudo diferente, sem arrependimentos dessa vez.- Lá estava eu dando conselhos um estranho, o ajudando a resolver a vida enquanto eu não conseguia resolver a minha própria. Mas eu até que tinha razão, pelo menos comigo e Joe sempre havia sido um círculo completo onde a gente sempre voltava a um mesmo ponto. Mas nós nunca voltávamos do começo, nós íamos por estradas rancorosas onde se guardava a dor.
- Se eu estiver errada, me acerte com um raio.- Eu disse sorrindo tristemente.
- Talvez você tenha razão!- Ele disse levantando a cabeça e esboçando um sorriso de esperança. Eu com certeza conhecia os traços daquele rosto. Ele me encarava da mesma forma. Agora ele se aproximava mais de mim, me deixando com um pouco de receio.
- Um novo começo!
- O-O que v-você quer?- Eu perguntei com medo e sem força suficiente para me levantar.
- Sacolas de papel.- Ele disse sorrindo cada vez mais. Foi quando ele estava próximo demais de mim que eu o reconheci.
- Joe? - Eu perguntei ainda confusa. Sim, era ele. Agora eu conseguia o reconhecer facilmente.-ão há um novo começo. - Eu disse me levantando e saindo para a chuva que tinha diminuído um pouco. Então quer dizer que o estranho arrependido com quem estava conversando era o Joe? Arrependido... Essa não era uma palavra usada com muita freqüência para ele.
- Demi!- Ele chamou enquanto vinha atrás de mim. Eu não tinha muitas saídas já que o parque estava cheio de água.
- Me deixe te sentir em minhas veias! Eu quero que você saiba o quanto eu sinto a sua dor!
- Você não entendeu que eu não posso? Sem tempestades a partir de agora. - Eu disse me virando e batendo contra ele. Isso resultou em uma aproximação muito grande entre nossos corpos.
- Joe, hoje está uma estrada sinuosa. Você é uma estrada sinuosa. - Eu disse dando um sorriso irônico enquanto ele se aproximava o máximo possível de mim. - que está me levando a lugares que eu não queria ir.
Your voice was the soundtrack of my summer
Do you know you're unlike any other?
You'll always be my thunder,and
I said Your eyes are the brightest of all the colors
I dont wanna ever love another
You'll always be my thunder and I said
Joe’s POV
Era ela a garota com que eu estava conversando. Era simplesmente a minha Demi. Eu precisava recomeçar, como ela disse. Essa era a saída, essa era a solução. Era realmente um círculo, e eu recomeçaria do começo. - Demi, me escuta. Nem que seja pela última vez.- Eu disse ainda relutante em seu ouvido. Como estávamos muito próximos eu sabia que ela não fugiria, pois ela sabia que eu a impediria.Demi não respondeu e eu tomei seu silêncio como uma resposta positiva.
- Eu tenho sido uma péssima pessoa e acima de tudo eu fui orgulhoso demais para admitir isso ou tentar mudar. Eu percebi que eu não mereço você, não existe ninguém tão perfeito quanto você, Demi. Eu não quero que você se vá, eu não vou conseguir esquecer de você. Não agora que eu entendo o que eu sinto. - Joe, você não pode me pedir para acreditar nas suas palavras. Sabe o quanto eu já fiz isso e o quanto eu me machuquei? - Demi agora tinha uma expressão triste por onde em seu rosto desciam algumas poucas lágrimas.
- Estações do ano mudam, as tempestades acabam. Estações mudam, mas pessoas não.
- Demi, não faz isso, por favor.- Eu pedi com a voz melancólica pela dor que eu sentia agora.- Por favor, você sempre vai ser minha tempestade! Sempre meu trovão... Eu não quero amar a mais ninguém!- Ela me olhou um pouco assustada com o que eu havia dito ainda entre linhas.- Eu te amo. Nosso olhar estava conectado profundamente onde os dois buscavam respostas silenciosas. Estávamos os dois imóveis no meio da chuva que não estava tão forte como antes. A chuva passaria, mas ela sempre seria a minha tempestade. - Você nunca disse isso...- Ela disse ainda sem desviar o olhar. Eu conseguia ver o significado que aquilo tinha para ela. Eu sentia o significado daquilo para mim.
- Eu não sei, eu acho que eu tinha medo. Medo de não ser correspondido, eu não conseguia ver o que você fazia por mim. Mas esse sentimento ia crescendo cada vez mais, e eu não conseguia definir o que era. Eu nunca senti nada assim. E a grande possibilidade de te perder me fez ver isso.
- Joe, o amor é só uma criação química.- Ela sorriu ainda triste, mas pelo menos era um sorriso. - Isso vai ser para sempre?
- Não.- Ela me olhou magoada.- Para sempre é muito pouco, talvez dure mais. Para sempre e sempre.- Eu disse sorrindo das frases clichês que estávamos dizendo. Mas o que era o amor se não algo tão clichê?
- As tempestades nunca acabam, Demi. E você sempre vai ser minha tempestade!
Your voice was the soundtrack of my summer
Do you know youre unlike any other?
You'll always be my thunder
So bring on the rain
Oh baby bring on the pain
And listen the thunder
Demi’s POV
- Você quer que eu te perdoe? - Eu perguntei agora confusa. Tudo que ele me disse me deixou confusa sobre o que fazer. Joe nunca havia falado que gostava de mim, muito menos que me amava. Eu sabia que ele gostava de mim, apesar de ele nunca falar com todas as palavras. Eu sabia que eu o amava, mas não sabia que era correspondida.
- Sim...Eu te amo, por favor me deixa demonstrar isso dessa vez, por favor.- Tudo bem, era estranho ver ele falando tanto ‘por favor’ em uma mesma frase. Ele nunca me pedia nada. Eu continuei em silencio processando a informação.
- Você não me ama?- Ele perguntou decepcionado. - Joe, sua voz sempre foi minha trilha sonora do meu verão.- Eu sorri ao repetir as palavras dele.- A trilha sonora da minha vida e você sempre esteve nela.
- Você sabe que você é diferente de qualquer outra?- Ele sorria para mim enquanto me aproximava mais e mais.
- Você sempre vai ser minha tempestade. - E isso é algo bom?- Eu perguntei desconfiada.
- Sim...- Ele sussurrou em meu ouvido - Diz que você me quer.- Ele implorou em meu ouvido com uma voz de veludo
- Sempre sua tempestade.- Eu respondi sorrindo.- Sacolas de plástico, corações de plástico, sensações sintéticas...
- E a tempestade.- Ele completou selando seus lábios com os meus. Ele nunca havia me beijado daquela forma. Não era um simples beijo de desejo ou paixão, mas uma sensação de eternidade. Aquele momento poderia durar para sempre, ter ele ali comigo.Sua língua contornava toda minha boca como se tentasse memorizá-la e eu apenas me entregava aquilo deixando-o aprofundar o beijo.
- Demi - Ele pronunciou meu nome suavemente quando rompeu o beijo.- Você quer namorar comigo? - Sim- Eu disse inconscientemente. Eu podia dar outra chance para ele, não é? Ele estava diferente. Poderia dar certo agora
.- Eu te amo, muito.- Eu confessei abraçando ele com todas as forças que me restavam no final do dia. - Você sempre vai ser minha tempestade. Então traga a chuva ! - Ele sussurrou em meu ouvindo o que fez eu me arrepiar.
- Oh baby, então traga a dor...- Eu disse me afastando um pouco dele para o observar. - Sem dor dessa vez, certo? - Ele perguntou com muita convicção antes de me beijar. No exato momento em que ele me beijou o barulho de um grade trovão cortou o silencio seguido do clarão. A tempestade continuava enquanto nos continuávamos a nos beijar. A chuva com certeza passaria, mas dessa vez a nossa tempestade continuaria. Para sempre, como ele disse, além de trilhas sonoras e verões. Ele também sempre seria minha tempestade, aquela que vem depois de muito tempo a sua espera. Eu continuaria andando por caminhos sinuosos enquanto estivesse com Joe, e eu sempre ouviria o trovão. Sempre teria a tempestade.